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segunda-feira, junho 21, 2010

Do Vaticano a Belém

O oficioso "Osservatore romano", que o Vaticano costuma usar para atirar pedras escondendo a mão, achou que a morte de Saramago seria boa altura para o apedrejar, tanto mais que, agora, ele já não pode defender-se. O apedrejador de serviço meteu, por isso, mãos à vaticana obra e, mesmo não percebendo por que motivo terá Deus deixado Saramago viver até à "respeitável idade de 87 anos" e andar por aí a exibir uma "crença obstinada" não nos dogmas da Igreja mas nos do materialismo histórico, condenou-o às chamas do Inferno (infelizmente a Igreja já não tem poder para condenar gente como Saramago à fogueira na Terra). Também Cavaco tem queixas de Saramago mas, no seu caso, só protocolares pois, ao contrário do Vaticano, Cavaco não é rancoroso. Saramago não teve, de facto, o cuidado de acertar a data da morte com a agenda da Presidência, o que impediu o presidente de ir ao funeral. Saramago devia saber que Cavaco "gosta de cumprir promessas" e que prometera "à família que no dia 17 partiria com eles para a ilha de S. Miguel". Ora regras de concordância gramatical podem interromper-se, férias não. in: JN, MANUEL ANTÓNIO PINA

Nota da Redacção - Esta opinião vem ao encontro da minha opinião expressa neste blog dia 19 passado. Ainda bem que não estou só na barca da tribulação...

1 comentário:

  1. Esta opinião vem corroborar a ideia que expressei no meu blog «O BANQUETE DA PALAVRA» no dia 18 de Junho, a morte de Saramago deixou alguma igreja católica muito feliz. Quanto ódio faz mover os hierarcas da igreja. Que pena alguma igreja ainda não saiba abdicar dos dogmas anacrónicos e abrir o coração a todas as coisas da humanidade. Deixemos os dogmáticos em paz e eles queiram ou não o pensamento/as ideias não morrem.

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