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quarta-feira, março 31, 2010

uma mulher quase exemplar

Margot Kässmann, 51 anos, bispo de Hanôver e primeira mulher eleita para um alto cargo da Igreja Protestante na Alemanha em 2009,demitiu-se no passado dia 24 de Fevereiro, após ter sido interpelada a conduzir em estado de embriaguez. Reconhecida pelo seu carisma e tomadas de posição corajosas, deixa uma comunidade em plena agitação.
As pequenas fraquezas que revela, a sua vulnerabilidade, esse lado que não esconde, é isso que nela transmite simpatia. Ela é humana, a senhora bispo. Em Hanôver amam-na. Perdoam-lhe as fraquezas. Não se enfurecem pela sua proeza, até porque toda a gente sabe que a vida de Margot Kässmann já teve os seus altos e baixos.
A senhora bispo e presidente do conselho da igreja protestante da Alemanha foi parada pela polícia de trânsito (a 21/02) quando conduzia com 1,54g/l no sangue. A partir de 1,1g/l considera-se que estamos incapazes de conduzir. Ao voltar para casa, depois de ter bebido numa festa privada, Margot passou um sinal vermelho. Confessou-se aterrorizada pelo sucedido: "como pude cometer um erro tão grave?".Há 3 anos o bispo Kässman chamou à atenção para a especial responsabilidade dos condutores. A vida publica não perdoa nenhuma falha privada. Antes, não era o público que inspeccionava os seus defeitos e os seus falhanços privados. Era ela quem os revelava nas suas obras. Os seus livros contam a história de uma mulher divorciada de 51 anos, mãe de quatro filhos, que ultrapassou um cancro e que reconhece os primeiros sinais da idade. Falam da Fé que tem na vida. Não era raro que Kässmann regressasse a Hanôver tarde para voltar a Berlim no dia seguinte de manhã, sempre entregando o volante ao seu chauffer. Mas no dia 21 de Fevereiro, deu-lhe folga.

"Assumirei, evidentemente, as consequências jurídicas dos meus actos."
Margot Kässmann


fonte: Courrier Internacional, Abril 2010

Nota da Redacção - A última frase da citação da senhora bispo, revela a grandeza e responsabilidade desta Mulher.

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