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domingo, outubro 19, 2008

Era assim, há uns anos, a cada Outubro

OUTUBRO
Foi o meu primeiro dia de Outono nesta experiência nova de ser Mãe sem ter filhos...
Choveu, copiosa, torrencialmente.
A natureza, lavada de lágrimas, secava os meus olhos. Como dói, depois das férias, depois da estreia da nossa casa nova, só nossa, feita dos nossos quereres e haveres, vê-la vazia, cheia de silêncios.
Quando subo ao meu quarto tento brincar às escondidas com as sombras. Mas a sombra não tem cor e é calada.
Teria sido assim com minha Mãe quando parti e vim descobrir a Ilha ? Nunca lho perguntei porque ela nunca quis saber.
Os verdes lavados que vejo da varanda, o ar já mais fresco, a mudez do dedilhar da viola ou do CD dos Queen dão-me, contudo, uma paz e a consciência de ser matura.
Do terreiro, junto ao portão, o meu cão levanta a cabeça. São castanhos, quentes e líquidos os seus olhos. Já percebi tudo, afinal não estou só... Em cada fim de semana os pequenos voltarão, voltarão sempre !

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